domingo, 13 de setembro de 2009

ESSE TEXTO, É SOBRE UM PROCESSO


(Texto escrito na comunidade do BNegão)
Pois bem Broders dos seletores, estou retornando pra trocar umas idéias do que está desenrolando comigo na minha viagem que citei na outra postagem.Caras, ainda não me foi dado o prazer de conhecer vcs, no entanto ter conhecido a magnífica obra E.G., vejo que no caso de me bater com vcs terei muito pra aprender.
Porra man, quando escrevi a outra idéia tava pra fazer 2 meses na estrada com meu outro broder, mas a vida tinha me guardado surpresas e quando ainda em Brasília, conheci 4 aventureiros cearenses que estavam rasgando o Brasil de bike. Me juntei aos caras e aí passei a aprender o que é a vida na estrada.
Eles tinham apenas 2 meses de viagem mas havia um grande diferencial em relação ao tempo que passei caronando.
Os caras tem muito sangue no olho como legítios nordestinos e além de tudo possuiam a chava, a base para uma vida na estrada: paciência.
Na viagem produzimos alguns sons que falam das maravilhas que é ser um operário sem horário.
Atualmente estamos em Rancharia, inteior paulista, vamos passar uns meses até partimos pra nosso próximo destino que é a Bolíviva e depois a América Latina.
No percurso até nossa atual localidade sofri um acidente e tivemos que nos separar. No entanto, esse momento onde passei internado em um hospital, revolucionou todo uma história de vida. Não tenho como escrever tudo o que vem se passando nesse breve texto, mas tenho um blog (http://rcoelhosan.blogspot.com/) onde estou escrevendo sobre as percepções que estou desenvolvendo do micro e do macrocosmo nesses 3 meses de chão.
Hoje, depois de um bom tempo sem dar um pedal, peguei a bike, conectei uns fios na urêia e rodei pelas ruas da mediana cidade em uma traquila tarde de domingo analisando o E.G.
Man... DO CARALHO!
Não sabia qual verso pegar pra desenrolar uma idéia.
Como disse, ainda não nos conhecemos (ao menos pessoalmente), mas pode ter a certeza que vcs já são mais uns dos anjos Charles que conheci em minha vida.
Há um perfil do grupo que se chama VAGALUZ (Vagabundos Iluminadaos)... se for possível, dê um saque, ia ser massa.

Coelho

FLWS

Lua Minguante de Setembro/09

O SER E O TEMPO (VERSÃO LIBERDADE)




"Oh, maravilha!
Como há aqui seres encatadores!
Como é bela a humanidade!
Oh, admirável mundo novo que encerra criaturas tais!"
Em fim ponho estes maravilhosos vesos da obra " A Tempestade" em seu devido lugar. Em outra carta escrita para as enfermeiras já os tinha usados além de uma outra curta citação; mas agora eles estão a primordiar as idéias que estão a se seguir; idéias que desenvolvi em uma simples conversa com um garoto de 10 anos de idade.
Na última quinta feira, logo depois de despertar, me coloquei a escrever a idéia sobre as cidades, já devidmente posta no blog. Li para o amigo David(Davi) e depois convidei o então garoto que se cahama Luan, para me acompanhar no café da manhã.
Para quebrar o silêncio perguntei ao pivete sobr a escola, sua série, sua matéria preferida e nesta última pergunta ele me responde que História era a aula que ele mais curtia. Porra, na hora questionei sobre qual assunto ele tinha mais interesse e ele me diz ser Pré-História. Porra duas vezes. Lembro que quando tabém estava na 5ª série esse foi um assunto que curtir muito; mas logo que entrei na univesidade e encaro as soníferas aulas de Verônica; porra... que coito interrompido man!
Mas bem, comecei a jogar umas idéias sobre pré-história e eis que me pego ministrando a melhor aula que já dei nos meus vinte anos.
Quando estava na estrada eu e meus broder tinhamos o costume de conversar sobre oque liamos, o que viamos, em fim, tudo que rolava durante nossa perigrinação.
Numa das primeiras conversas, isso ainda em Brasília, falei sobre umas idéias que Braba tinha pensado sobre o nomandismo.
Na história, enquanto o homem se organizou em grupos nômades natualmente havia um controle populaional como também um ligação plena com a natureza.
Aí, conversando com o guri fui desenvolvendo a seguite idéia, misturando os ensinamentos dos livros e também das conversas da estrada. Foram mais de 3 horas viajando sobre pré-história, sobre povos da atualidade como os Beduinos, chagando na discursão sobre TV, propaganda, cidades, política e tantos outros assuntos. Mas quando os ponteiros marcaram juntos o enorme número branco 12 do relógio tivemos que cessar a conversa pois as formalidades do dia obrigavam a presença da então criança.
Quando da chagada de Luan este veio até a mim e falou que sua aula havia sido sobre Atenas e Esparta. Falei de algumas coisas que lembrava mas disse que em outra oportuidade conversariamos mais.
Passou a sexta e no sábado pela manhã o pivete colou para trocarmos a então idéia.
Falei que sabia pouco sobe o assunto, porém concentrei a conversa no uso que se faz na atualidade das duas cidades.
Começei explicando as origens do socialismo, passei pela 1ª Guerra Mundial, espliquei sobre a URSS e toda a sua hitória, até concluir no uso feito por HollyWood das imagens de Esparta no filme 300, que faz oposição a apropriação da mesma cidade durante os anos da Guarra Fria.
Ele então me perguntou o motivo das constantes utilizações do corpo do homem mostrado de forma esbelta mas sempre com um pequeno pinto.
Lhe explico que naqules tempos os filósofos, os matemáticos e todos os estudiosos construim seus ensinamentos buscando um único ideal: O Belo.
Se hoje os matemáticos fazem cáculos apenas para se chegar a um resultado e em sequência sua utilização em coisas diversas; no tempo de Platão, Sócrates, Pitágoras e mais ainda Leonado da Vinci, Rafael Sanzio, Michellangelo; esses caras conseguiam abarcar diversas funções e pô-las em prática de maneira magnífica por focarem em suas obras o ideal do belo.
Essa busca e esse mar de conhecimentos resultava consequetemente em uma relação diferente com o tempo.
Não era o bater dos ponteiros que controlava sus funções, mas suas inspirações emanadas de sua natureza que articulavem as divesas ocupaçõs ao lono de suas vidas.
Imediatamente relacionei esta reflexão com os meus últimos meses.
Se hoje me ponho a escrever por horas; se consigo ter atenção em tudo que faço; se somente agora me sinto seguro para dar um espécie de aula que não passou de uma conversa com uma criança; é justamente por ter mudado minha relação com o tempo.
Quando estava em Uberlândia , escrei um tipo de carta/diário de viagem onde sem querer fiz uma interpretação da obra de Salvador Dalí (ao menos a interpretação me serviu).
"Por mais difícil que seja se poder pensar ou se sentir a pimasia de se estar livre; encarar as sequências do bater dos ponteiros como que derretidos sob a paralisia de uma mesa, é uma glória permitia à poucos".
Estar livre de obrigações me liberta do tempo meterial e me leva a respeitar as vontades de meu corpo me permitindo descobir as maravilhas que agora me regem.
Talvez agora compreenda o que Tim Maia sentiu quando em seus anos divulgando a ideologia Racional.
Lembo que em uma aula de América II, o Prof° Pina falou sobre a construção das igrejs barrocas, onde se dedicava anos para pintura, para se escupir, pra construir o altar, em fim... tudo aquilo que resulta nos monumentais exemplares da fé espalhados pelo Brasil.
Mas esse exemplo pode se dar a diversas construções e mesmo a outros esquemas.
Antes de começar a vigem de bike, tanto eu como Barba provamos do maravilhoso Baião-de-dois cearense, que leva uma cara pra ficar proto. Tanto que Caetano Veloso em uma de suas canções fala: "...não se avexe não; baião-de-dois, deixe de manhã...". Quase todos os rangos da estrada levam um tempão pra ficar pronto, mas o esquema sempre é o do velho Tim: numa rilax, numa traquila, numa boa.
Quando falei ao meu amigo Otávio sobre a idéia desse texto ele me lançou uns outros pensamentos teóricos muito massa, mas estes acho mais interessante serem feitos em uma mesa de bar. Assim sendo, caso retorne para Aracaju, quero ouvir o que vocês pensam sobe as palavras aqui deixadas.
No mais esta percepção é fundamental para que eu possa me relacionar com estes novos tempos.
Na mesma manhã ouvir o cd "Chora Agora", dos Rcionais e tinha um verso assim:"...eu tinha que escolher: ou sonhar ou sobreviver."
Estou sonhando e digo até, que para além de vivo.

Coelho


FLWS


Lua Minguante de Setembro/09


sexta-feira, 11 de setembro de 2009




Ai galera, escrevi algumas cartas enquanto estava internado, vou tentar publicá-las no blog.


Apesar de todo sentimento de segurança que finca meus pés no chão e me dá uma serenidade a cada nascer do Sol, por vezes tenho pensamentos que algumas vezes negativizam esta minha atual condição.

Refletindo sobre os meus dias ainda em Aracaju e em sequência os meses passados na estrada, começo a perceber os fatos que me impediam de conhecer e confiar plenamente nas pessoas.

Confiava e amava os meus amigos (e ainda continuo a confiar e amá-los), no entanto alguns deles sabem como eu era desconfiado e julgava precipitadamene novas amizades mesmo que meus modos impulsivos e espalhafatosos camuflassem essa realidade.

Mas só eu e os mais próximos percebiam o que se escondia por de traz de todo aquele alarde. Não que eu fosse falso ou que meus sentimentos de se valorizar uma boa amizade não fossem reais, mas dentro de mim ocorria um estrondoso embate que muito me perturbava.

Nos primeiros meses de viagem, Barba conviveu pacientemente com essas inseguranças e lembro que quando de seu último conselho sobre minha escolha não fazia mais que tentar me ajudar.

Seguindo com os 4 maravilhosos aventureiros, estes também encararam por algumas semanas este Coelho; no entanto havia um diferencial.

Seus pertinentes hábitos de se manterem sempre calmos, de não procurar atormentar seus seus dias com qualquer esquentar de cabeça passaram a transformas meus valores.

Quando tivemos que no separar, vi a oportunidade de realizar um dos meus anseios: encarar as dificuldades do dia a dia apenas com minhas próprias escolhas, tendo que me responsabilizar sozinho quando de um erro.

Minhas primeiras horas foram complicadas pois mesmo que já possuísse a capacidade de manguear sem nenhum problema; viajar com uma perna seriamente inflamada e uma febre incessante pareciam barreiras impossíveis de se contornar.

Pretendia fazer a viagem o mais rápido possível até chegar à Rancharia. mas tendo chagado a enorme Uberlândia já no início da noite e consequentemente impossibilitado de conseguir passagem até a próxima cidade, tremi ao ver minha perna inchando a cada hora; pensando ainda na possibilidade de ter que passar a noite na rodoviária da então cidade e para completar tendo uma bicicleta como fardo.

Enquanto lia Microfísica do Poder, onde Michael Foucoult descia o pau nas instituições filantrópicas, eis que depois de tantos pedidos de ajuda não atendidos me aparece uma jovem me oferecendo um prato de sopa. Rejeito a ajuda, mas contando minha história para ela e para um senhor negro que só agora lembro que se chama Ditão, sou colocado numa Combi junto com minha guerreira e sou levado até o hospital.

Lá sou informado da seriedade do caso e que teria que ficar internado alguns dias.

Mal entrei na sala de curativos recebo diversas sequência de injeções por todo o corpo mais a introdução de uma torneira verde em uma das minhas veias do braço direito.

Vou dormi e logo às 6 da manhã vou tomar uma bela ducha d'água quente para tirar o encardido de mais de 3 dias. Logo depois do banho começo a ler propositalmente a obra Admirável Mundo Novo e depois passo a escrever meu adormecido diário de viagem desde Brasília.

Quando já próximo ao cair da noite me deparo com uma situação dramática sobre o sentido de se viver, a qual fiz questão de relatar em 2 páginas que mais tarde se transformariam em madrugadas em claro escrevendo sobre tantas coisas do mundo.

Foi ai que comecei a sentir as consequências de minhas escolhas iniciadas a 3 meses atrás.

Sentia as palavras postas no papel tomarem vida e passarem a transformar meus gestos, meu olhar, o tom de minha voz e a revolucionar as incertezas de outrora que me levantava um muro me separando das maravilhas de se fazer um amigo a cada hora.

Escrevia diversas cartas; para as enfermeiras; para os pacientes; para a bela Francielle; para a minha mãe (esta tão sincera que enquanto esparramava as palavras por sequências de horas, quando o Sol ainda não havia subido para a imensidão azul, me levou à prantos).

A cada ideia concluída passava pacientemente à limpo todas as palavras, dispensando por fim mais da metade do dia para escrevê-las, lê-las, relê-las, reescrevê-las, relê-las... distribuindo para pessoas que nunca vi e provavelmente jamais as verei.

Mas este mesmo sentimento de segurança me faz pensar sobre seu significado. Como disse no início da carta, reflito minha atual condição e fico incerto o que seria tudo isso e até quando vingará.

Isso é chato! É como que parte de um negativo passado sobrevivesse em meio a imensidão de felicidade que estou sentindo. Mas aí conversando os meus borbotões, chego a conclusão que isso nada mais é que eu mesmo e caso seja uma fase: que passe; mas que fique as lembranças e os aprendizados.

Nas intermináveis amizades que faço nos corredores, me contento ao perceber que minha alegria são suas alegria, que minhas certezas se transmutam em suas certezas. Isso é bom!

Ainda que surja alguns entraves para minha estadia na cidade, calmamente respondo para aqueles que ouvem meus relatos as palavras que tanto ouvia de meus saudoso 4 amigos:

- Não mas eu tô de boa; tô numa rilax, numa tranquila, numa boa. ( 3 últimos versos feito por mim).

Dos sentimentos impulsivos, os únicos que me sobram são os de escrever, os de ler, os de ouvir Jorge Ben, Maria Bethania, Tim Maia, sentimentos que mesmo com pouca grana me leve à gastá-la com canetas e lápis, com breves momentos na internet ou com passagens de ônibus para me deslocar para a casa dos meus novos amigos e ouvir suas histórias.

A minha segurança me faz a cada dia não mais fazer questão de um currículo da universidade.

A minha segurança me faz arrumar pacientemente minha mochila e por fim, tão empolgado com sua organização, me faz colocá-la nas costas e flutuar pelas ruas de Uberlândia.

ESTOU VIVO DE UMA MANEIRA COMO NUNCA ESTIVE!

A poucos minutos vi uma bela enfermeira sair quase que correndo da sala de enfermaria por estar triste ante a obrigação de ter que trabalhar arduamente pela madrugada de sábado sem o seu consentimento.

É triste! Mas isso é a cidade. É a realidade das loucuras que a 3 meses atrás me dava a mesma sensação que as sentidas por aquela enfermeira. Queria poder olhar em seus olhos e escutar o que esta tem a me dizer, muito provavelmente com o escorrer de lágrimas. Mas acho que ela jamais se dará esta oportunidade. deixará esta angustia lhe remoer e abalar sua beleza nas sequências de infindáveis ocupações que destroem não só a ela, mas a todos nos espaços urbanos.

No parágrafo anterior esta carta deveria findar-se, no entanto me enganei sobre a possibilidade de conversar com a bela mãe. Mas, ainda que a conversa tivesse sido boa, bastou se retornar os chamados, os gritos de dores, para ela voltar para a fria noite do hospital.
Coelho
FLWS

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dorothy Tinha Razão

Pois bem queridos amigos da nave Gomorra, finalmente voltei para a companhia dos amados anjos Charles.
Quando vinha na direção de Rancharia, vim pensando em escrever algo sobre as cidades, pois estando no estado de SP os inacabáveis espaços urbanos dão um sentido muito mais intenso para a frase "Capitalismo Selvagem".
A primeira vez que pisei os pés em solo Paulista, estava em um posto de gasolina onde o ônibus que fazia a rota Ubelândia/Marilha tinha feito uma para de 20 minutos.
Entre a estrada e a enorme lanchonete do posto havia um considerável estacionamento e, fincado no canteiro que dividia o então estacionamento da estrada se prostrava uma enorme placa de vermelho "vivo" de anúncio da Coca-Cola, estando à cima outra enorme propaganda do então posto.
Aquilo foi muito estranho! Ao redor do posto havia uma mata que mesmo na escuridão da noite se percebia que já se tinha sido modificada.
Aquela cena era como um mar de artificialidade que no silêncio noturno ambientava uma solidão por demais urbana.
Como decidi que não manguearia na então lanchonete, me encostei próximo ao banheiro e fiquei a ouvir à alto volume a sintonia de uma rádio que saia das caixas de som do então lugar.
De repente, um solo de guitarra me tomou o pensamento e logo indentifiquei que era a introdução de um clássico da banda Alemã Scorpions.
De súbito lembrei do grandiosissimo amigo João Paulo que, como eu, sempre tinha o costume de cantar em falsete as canções do grupo.
Porém, aquele som que em Aracaju muito me animava, naquela imensidão de solidão urbana parecia somar-se a então condição. Como Ilustração recordei de uma cena muito famosa nos filmes de terror.
Um guarda noturno está a fazer qualquer coisa, enquanto no fundo há um som de rádio bem baixo, que em meio o silêncio chega a ecoar. Porém o som parece vazio; ele dá sentido a cena, mas ao mesmo tempo tem um aspecto oco.
Foi o que sentir no então posto.
Seguir viagem pela madrugada e enquanto olhava o reluzir de raios nas formações de nuvens que não faziam o mínimo de barulho, fui pensando em escrever a então cena para o antigo companheiro de classe. Mas as idéias foram tomando tamanhas formas, que por fim tinha estruturado uma ótima análise sobre as cidades.
Antes de fazer essa viagem já tinha conhecido outros lugares, no entanto sempre à conta gotas e mais ainda no esquema turísta: vc junta uma grana e se vira com ela para ver o que tem de massa no local.
Mas agora, ainda que na maioria das cidades tenho passado em média 15 dias, a falta de grana e consequentemente a necessidade de se contar com as ajudas dos habitantes locais, permitiu uma percepção mais real do que é cada lugar; do que é o urbano e o rural; do que é Brasília para o restante do Brasil.
Essa visão, só possívil depois desses meses de viagem, me recorda as belas palavras de Dorothy no fabuloso Mágico de Oz: "Não há lugar como o nosso lar!".
Certa vez conversando com o sábio Leno e o admirável Baiano, o primeiro me falou de uma frase que, se não me engano, fora dita pelo vocalista do Engenheiros do Hawai: "provinciano é aquele que sai da província".
Por vezes, se dá a palavra provinciano um sentido pejorativo, como muitas vezes ouvi e falei da característica de Aracaju ser um lugar onde as pessoas se fecham para o diferente, não sabendo conviver com este. Para quem morou na Gomorra e, ainda mais tendo esse minha característica de divulgar as coisas boas que por ventura esteja à fazer, comprovo cada palavra do parágrafo à cima.
Mas a condição de menor estado; o que não dá um notoriedade para as 72 cidades; a brandura do capitalismo que só agora percebo; a condição de capital litorânea que ainda consegue ter extensos espaços de praias semi desertas na própria cidade; muito diferente das outras capitais e até dos estados nordestinos; são simples condições que apesar dos pesares hoje me faz escolher (se caso volte a morar em espaços urbanos) Aracaju como moradia.
Lembro de Barba comentando sobre Recife, SP (esta então só nós sabemos o que ouvimos sobre); das possibilidades que estas cidades permitem; e em contra ponto lembro de Wesley...
Pois bem, se um dia discordei das provincianas palavras de Dorothy , hoje; 3 meses, 6 dias, 19 horas e 33 minutos depois da minha saída, propago a todos que " Não há lugar como nosso lá" ( levando em consideração que não estamos colocando a estrada na discussão).

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

BEM-VINDA AMIZADE


Foi difícil, Mas saiu!
Ainda que conheça pouco do então álbum do miraculoso Jorge Ben, desde a primeira vez curtir muito esta foto e acho ideal enquanto significado.
Para aquele que por quase dois meses foi o fiel companheiro, que dividiu seus pensamento, suas histórias e que sempre se mostrou verdadeiro e racional nos diversos momentos: Bem-Vinda Amizade que, sabe-se lá do futuro, terei dito que foram memoráveis e compensadores quase 2 meses, completados ainda no último dia 4.
Para aqueles, que agora me recebem sem nem termos qualquer história para lembrarmos juntos, mas com muitas ainda a se escrever: Bem-Vinda Amizade.
O FUTURO É UMA CÂMARA DE GÁS.
Coelho
FLWS

terça-feira, 28 de julho de 2009

APRESSADO COME O QUE QUISER COMER! (Viva a liberdade)


A muito vinha pensando da queda dos Portões da Gomorra. As bombásticas novidades, as repentinas mudanças me fizeram crer que estaríamos entrando na última Era das estruturas gomorrianas, ciente, no entanto, da continuidade das belas amizades que lá se fizeram.

Mas, como diria Jorge Ben “... Deus é justo e verdadeiro..." e antes que acabasse as férias recebo um animante boletim da entrada de um novo personagem para os Anais da Gomorra. Como que para completar a alegria, Ferreirinha nos avisa que o novo morador chamasse Chuk.

Por um lado, a esperança da continuidade e reestruturação da saudosa comunidade me deixou muito animado, mas, mais ainda, o fato de ter estudado com o novo morador na 7º série.

Já havia dito que não queria está exercitando meu presente no passado, porém ante aos fatos, vejo que é preciso mais um pouco de recordação.

Com uma vivência de 6 escolas, o Coesi se mostrou como a coisa mais diferente até aquele momento. Antes dela todas as instituições que passei tinham por referência o baixo custo, e junto a isso um tanto de coisas atrelada, mas desta vez estava entrando não apenas em um colégio caro, mas estruturalmente diferente.

Já no primeiro dia, me sentei na última cadeira do lado direito, Porém, antes mesmo de chegar na sala, já estava muito surpreso com os vidros nas portas em forma de escotilha, o enorme quadro branco ao lado da porta que se estendia desta até a outra extremidade da parede, as cadeiras brancas e espaçosas, muito diferente das que eu estava acostumado entre outras coisas. Imagine então neste ambiente um garoto magro, com o cabelo penteado de lado, a camisa dentro da calça e com um cara de menino da roça.

Lembro que cheguei e reparei que no teto havia um enorme aparelho e que não identificava sua função. Fiquei olhando, olhando e só depois vi que era um ar condicionado.

Desses dia em diante minha figura passou a ser relacionada com o brincalhão, o perturbador, mas também o abestalhado, o inocente e o alvo de muitos sarros.

João Paulo, muito tempo depois, chegou a comentar comigo que nessa época não ia com a minha cara e me achava muito matuto, o que não minto, pois ingressar em uma turma onde se conhecia bandas de rock internacionais, muitos possuíam computador em casa a muito tempo, e no contra ponto disso nem sabia ao menos usar a internet.

Na sala, como em toda escola, havia o grupo dos perturbadores. Apesar de, de certa forma, fazer parte dessa galera, eu era o alvo de muita chacota por parte dessa galera. Do grupo lembro de Chaca, que ainda quando encontro vejo que não mudou muita coisa, The Troope, o retardatário da turma, Felipe, um jovem mimado muito desleixado e inteligente, e Chuk

Chuk faltava aula pacas e quando ia só fazia dormir, mas ainda assim suas notas eram muito boas, o que se tornava comentário de muito dos professores e da coordenação. Me recordo também que Chuk tinha uma relação muito complicada com sua mãe e umas das histórias que ouvia era que certa vez Felipe havia ligado para sua casa e a mãe de Chuk ficou gritando:

- Paulinho (acho que era assim que a mão dele o chamava) está me batendo! – e pelo que entendi tudo isso por causa de uma toalha.

Aí, no outro dia todos ficaram comentando:

- Porra Chuk bate na mãe!

Ele ficava puto.

Havia ainda muitas histórias dessa relação conturbada, principalmente sobre os sumiços do filho mas não me recordo.

Outra parada que não tinha como esquecer era a utilização da minha pessoa para alvo de enormes e dolorosas bolas de papel. Era foda!

Porém em anos posteriores, quando o encontrava na rua percebia que havia mudado muito. Espero então que possa reencontrá-lo nas dependências da Gomorra para lembrar-mos desse que, por incrível que pareça, foi um belo e saudoso ano de grandes novidades para muitos da turma da 7ªB.

domingo, 26 de julho de 2009

APRESSADO COME CARNE


Pera ai, vamo devagar, sem alvoroço. Antes de começar quero explicar aos sobreviventes da nave Gomorra que o título que faz referência a texto que se segue, surge a partir das vivências ocorridas no ENCA.
Alguns já devem saber que estou a um mês sem comer carne (por enquanto não me intitulo vegetariano; questões internas...), porém a gênese da ideia veio ante as vivências do ENCA. Pois como poderia escrever o famoso lema; "Apressado Como Cru", tendo conhecido a galera do crudovorismo? Pessoas que além de tudo são super tranquilas. Assim não quero me colocar como O Vegetariano, O Consciente, O Crítico do Carnivorismo, mas apenas tinha o intuito de partilhar minhas reflexões.
Pois bem, ainda ontem estava pensando:
-Porra queria escrever outro texto...
Estou muito empolgado vendo que minhas poucas horas dedicadas ao diário de viagem como também a possibilidade de acessar a net quase que 24h por dia, venha dando bons resultados, pois não faz muito tempo, todas as vezes que me colocava a viajar nas letras, acabava me decepcionando pela demora que levava para cada parágrafo. No entanto, estando com tempo livre passei a me utilizar do diário de várias maneiras (relatos, análises, pensamentos) e ao longo do tempo também verificava a qualidade do que escrevia, chegando a comentar com meu passeiro de viagem sobre o então assunto.
Aí, ontem me peguei com algumas ideias na cabeça. Uma fazia ligação ao passado mas como já havia escrito muito sobre e não queria viver apenas disso, descartei para outro momento. Pensei então em escrever algo sobre o Transa que a muito Leno havia proposto. Comecei com um comentário sobre uma entrevista que li no Blogg do Caetano, mas não saiu. Decidi dormi e pensar algo depois.
Hoje não conseguimos pegar as sobras do café da manhã, mas mesmo assim sentei no lugar de sempre e fiquei a pensar no que escrever. Ai falei:
-Porra, to forçando a barra de mais. Legal ficar pensando em manter uma rotina com a escrita, mas eu tenho que perceber que também a uma vida pra viver. Se não for assim vou viver de que? Do passado?
Então peguei o livro do Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo, e fui dar uma caminhada até o lago Paranoá, que fica próximo a UNB.
Desde ontem estamos com mais um morador aqui no salão. Ele é do interior de São Paulo e veio fazer um prova de concurso. Quando já estava escurecendo o cara me falou que tinha pego uma estradinha que passa por dentro do Centro Olímpico e foi dar um mergulho lá no lago.
Como havia ficado na usura de fazer o mesmo, já fui na intenção de tomar um banho no local. Então peguei a estradinha de terra até beira do Paranoá. Ainda com minha bermuda vermelha, tomei banho nas águas rasas e mornas do gigantesco lago. Em seguida segui mais a frente pela estradinha e fui parar em um lugar que parecia um acampamento. Tinha até aquelas ladeirinha pra receber barcos de pequeno porte. Li um pouco do A.M.N. e voltei para a Casa Estudantil. Comi algo próximo ao guacamole e fui pra net.
Nesse momento já tinha desencanado lá da parada de escrever e deixar aparecer algo.Eis então, como que um presente, surge o que queria.
Bem, avia aberto o blogg da Gomorra e comecei a ler as publicações. A primeira era uma crítica de Werly ao CD dos Leprecheus. Em seguida outra, obviamente de Werly, sobre uma chegada envolvendo o Baiano e mais alguém. Vou descendo a barra de rolagem e um texto sobre o Natal. Nisso, eu estava achando entranho pq não encontrava as publicações recentes.
-Porra, Werly tava inspirado!
Mas ai percebi que a página havia aberto em uma data anterior, lá pra data do Natal. Antes de mais nada, não quero me atentar aos fatos, mas sim as publicações da época. Velho era uma página muito boa. Tinha um comentários sobre o sempre recordado por mim Antony and The Johnsons, outro sobre os CD's dos Rapa e do já citado CD dos leprechaus. Além de recados sobre minha viagem para Salvador e as festas da Gomorra, uma inclusive odiada por Werly.
Mas a mais incrível foi a crítica de uma amiga de Wely sobre o Natal. Fiquei lendo e pensando em escrever sob algo, coisa que até cheguei a começar mas percebi que estava muito; Oh, que mulher ignorante que não percebe as coisas, e preferi ficar por aqui mesmo, até pq, antes mesmo de ler o texto dela eu visitei seu bolgg e percebi que era uma pessoa de muito inteligente, com comentários super cult e gostei muito, tirando a celebração dos 40 anos da viagem a lua e da datas de aniversário... cada uma com seu gosto...viva a liberdade.
Bom, então dou meus parabéns a este maravilhoso dia que, inicialmente quando abri ia do dia 27 de dezembro de 2008 até uma crítica ao CD do Rapa.
E antes que se perguntem: " Mas não era para ser algo presente?", quero esclarecer que ainda não tinha lida a então página como também não estava por dentro de alguns lances.

Coelho
FLWS

sábado, 25 de julho de 2009

RECORDAR É VIVER!



Primeiramente quero deixar claro que a imagem é ilustrativa e... se bem que de tempos em tempos...

Como disse em minha primeira pastagem, quando estava a caminho de Brasília, eu e Barba ficamos horas em recordações da infância. Como também já falei, Rafael lembrou de seu tempo de coroinha e que, nessa mesma época, costumava andar de ônibus pelo cidade, só por nadar ou pra ir a casa de algum amigo. Bem, se for de desejo, seria legal que ele publicasse algo sobre, pois sua histórias foram muito interessante.
Para mim a recordação mais fodástica foi a de um amigo da 2ª série e que a muito não lembrava.
Não me recordo do nome dele, porém lembro que na época estudava no Gauss, lá no A.F.. Antes, havia estudado no Popeye, que durou até o 1º semestre da minha 1ª série (dessa época lembro de coisas soltas como a morte do dono, um desfile civil, um pátio grande no centro do colégio e de uns picolés de duas cores, verde e rosa, sensação na época) e em seguida fui para o então colégio, que na época funcionava em uma casa de andar. Com o tempo, a instituição foi crescendo, comprou uma casa bem simples que ficava do lado do primeiro prédio e onde me lembro de pegar pequenas lagartas no quintal que mais parecia um terreno baldio.
Foi ao ingressar na 2º série que conheci o então amigo. Ele mora em uns prédios perto da canal 4, caminho pra casa de Leno. Todas as manhãs eu saia de casa mais cedo e ia pra cassa desse amigo pois sabia que sempre rolava uns rangos legais como cuzcuz com queijo ou ovo (RERERE) mas que sempre começava rejeitando e ao final...
Ainda no caminho da casa desse meu amigo até o Gauss, havia uma casa sem portão que tinha um pé de acerola. Eu entrava rapidinho, pegava algumas e sai mais rápido ainda pois se minha mãe soubesse tava frito.
Havia uns dias que a aula acabava mais cedo (eu acho, pois, como não podia chegar tarde em casa, suponho ter feito isso por algum momento assim), aí eu ia pra casa desse meu amigo jogar vídeo game. Era uma secura desgramada. Pra completar, na casa dele tinha uns geladinhos... ai meu irmão, era o paraíso. Lembro de ligar pra minha mãe, não sei se inventado uma história, mas pedindo pra ficar na casa dele pela tarde. Aí, vcs já sabem; NÃO. E pra completar levava bronca quando chegava.
Quando fui pra 3ª série o colégio mudou pra um lugar onde antes funcionava um material de construção, e onde hoje, a irmã de Cleidinho estuda. Ainda continuei andando com esse amigo que acabou se mudando pra um outro prédio perto da Urgência do A.F mas estudando no mesmo colégio.
Como era época de eleição esse meu amigo colecionava milhares de santinhos. Eu tentava fazer o mesmo, mas nunca conseguia. O estranho é que quando eu me lembro dessas coisas me vem também cheiros que eu consigo reconhecer até os fatos, mas fica tudo muito jogado na minha cachola. E outro parada, é que eu não me recordo dos pais desse meu amigo. Eu lembro deles me oferecendo os rangos mas não do corpo deles, parece coisa de desenho animado.
Eis que chega o tempo das modernidades em casa.
Minha mãe comprou um tv de 19’ para o quarto dela e tempos depois um vídeo cassete. Lembro de filmes como Esqueceram de Mim, que ficou um tempão lá em casa, A Chave Mágica, que até hoje gosto pacas. Mas, o melhor de todos certamente, sem sombras de dúvidas, o principal foi; O REI LEÃO.
Velho era massa de mais. Eu não queria saber de outra coisa. Na verdade eu tinha pego mais 2 filmes, se não me engano, porém lembro apenas que um era uns filmes do Pateta. O negócio é que esse 3 filmes eram desse meu amigo e eu passei décadas com eles. O rei leão então. Isso era por volta de 1998, por ai, meus pais estavam se separado e eu peguei uma doença muito louca que os médicos não sabiam constatar a causo nem o nome dela, lembro que falavam de febre reumática, mas eu acho que era mais psicológico ante a situação. O negócio é que eu fiquei em casa por dias assistindo o Rei Leão, sem contar que não fazia muito tempo eu tinha pego caxumba e tinha passado mais outra temporada em casa.
Pois é, boas lembranças essas. Ainda me recorde de outros amigos, como um chamado Caio, que escrevia muito devagar, tinha uma letra grande e bonita e sabia desenhar muito, além de ser muito gente fina (consigo até lembrar a risada dele). Ele chegou a desenhar um faixa com a temática de nosso grupo em uma gincana na 3ª série; Timão e Pumba (se não era isso era próximo). Depois, por ironia do destino, estudei com ele na quinta no Gonçalo Rolemberg.
Pois é, lembranças muito boas. Acredito que elas atiçaram muitas recordações aos que lerem, no entanto, não contei nem a metade delas, mas fiz questão dessa por terem sido tão boas em meu passado longínquo, mas que haviam se perdido na memória.

Coelho, em prantos...

FLWS

ESSA PORRA DE NOVO!


Pois então, hoje sairei das minhas reflexões sobre o mundo e apenas relatarei um fato por demais interessante e digno de reflexão (não dá pra fugir).
Bem, aqui na UNB, estamos alojados em um salão de um dos dois prédios da residência universitária. Segundo contou alguns moradores, o prédio foi criado na década de 70 para alojar atletas que estariam a competir no Centro Olímpico, que fica ao lado da Casa Estudantil. Porém nessa mesma época os estudantes ocuparam e, até hoje funciona como moradia dos estudantes.


Ilustração 1 Prédio B, parte de traz, onde estamos estalados. O salão fica quase que na frente do carro
Ilustração 2 Prédio A, onde tem dois terminais de Internet. O Centro Olímpico fica seguindo a trilha de piçarra. O prédio B fica a traz desse.

Todas as manhãs fazemos o mesmo processo. Acordamos pouco antes das nove e vamos para uma fila no prédio A, onde são distribuídas das às sobra do café da manhã e, nos finais de semana, almoço e janta. Quando falo sobras, não significa que estamos comendo raspas de prato, mas na verdade o café é servido em uma sacola plástica transparente, meio com uma cesta básica, onde geralmente vem pão com mortadela ou requeijão (ou os dois), um suco de caixa e uma fruta (maçã ou banana). Há ainda a opção vegetariana que as vezes conseguimos pegar; sanduíche integral com uma creme com cenouras ou biscoito Club Social, Danone ou suco de caixa, as vezes uma barra de cereal e fruta (maça ou banana). Aí, quando bate as 9 horas são distribuídas as sobras. No entanto este café da manhã é uma conquista recente de mais ou menos três meses. Além dessas opções há mais de 4 pés (eu acho, nunca contei) de abacate entre os prédios. Inclusive já fiz guacamole umas duas vezes; meia boca.
Bem, depois ou vamos tomar banho no C.O, onde concentra o curso de Educação Física, ou ficamos morgando aqui na área.
Hoje fizemos somente o primeiro processo, sendo que Barba quase sempre come no salão onde dormimos e eu como em um espaço que há entre os dois prédios. O espaço tem alguns pés, entre eles os de abacate que não para de cai o dia inteiro, e uma horta, pequena, que pelo que fiquei sabendo está funcionando faz 1 semestre, porém se recursos da universidade.
Pois bem, comi meu café da manhã no lugar de sempre e depois fui ajudar uma galera lá na horta. Fumamos um e conversamos sobre diversas coisas. No espaço estavam dois caras que, se não me engano, um se chama Gabriel (estudante de Antropologia) e o outro Paulo (não sei o curso, porém era o que mais entendia sobre plantação e afins). O interessante era que Paulo tinha uma cara de plebas mineiro; todo malhadão mas com um jeito de interiorano bem simplesinho; na dele. E, na verdade, ele era do interior . Ele nasceu em Umberlândia. Bem, ele sabia milhares de coisas sobre plantação. Tinha um pedaço de terra que ele fez questão de mostrar a gente explicando o seguinte:
- Essa terra aqui não dá pra plantar por enquanto. Ele recebe muito vento e ai vc tem fazer uma barreira pra plantas. Também aqui é a pior terra aqui da horta... temos que colocar um composto orgânico e até o início do ano que vem vai dar pra começar a plantar.
Nisso, fumamos outro e ele começou a conversar com uma menina, que também estava cuidando da horta e que se chama Carol (á a 4º essa semana). Falaram sobre como conseguir dinheiro para o projeto e, como proposta, ela falou em ir os dois levantar a grana na reitoria. Ele aceitou, mas falou o seguinte:
- Então... dá pra fazer, mas tem que ser nas férias, pq depois fica difícil e eu quero estudar pruns concursos!
Não quero abrir julgamento sobre as escolhas de cada um, até pq nem sei qual a finalidade mentalizada pelo cara, porém, a tanto tempo que se penso sobre estas questões que em certos momento vem aquele; porra esse papo de novo! Ainda mais vindo de um cara que detém um conhecimento básico, mas precioso, para fugir das “necessidades” do sistema. E nisso, quando eu tinha chegado, os caras estavam conversando sobre problemas sanitários e ambientais da actualidade. É como se não houvesse a relação dessa percepção e nossa escolhas. È como se, no meio desse puta cabaré, nos fôssemos café com leite.
Aqui, eu e Barba conversamos muito sobre uma posição prática frente a tudo isso. O ENCA, muito nos serviu de exemplo, mas até agora o mais palpável foi vivermos da venda camisas. Nisso considerando apenas o quesito autonomia, pois vendendo camisas não estaremos salvado florestas (pelo contrário) nem ao menos negando valores como o consumismo e o narcisismo do capitalismo. Porém é mais barato que está entregue a uma rotina de maçante rotina de trabalho.

Coelho
FLWS

Publiquei (olha só, quem diria, se o baiano souber vai cair da cama) mais cedo esta análise (mais uma homenagem na verdade) no orkut do B.Negão.

Assim classifico o Enxugando Gelo

E ai B, blz?
Sou de Aracaju e conheço o enxugando o Gelo a mais de 1 ano. Porém somente a alguns meses atrás foi que percebi o que tinha em mãos.
Até o último mês estava morando numa república perto da universidade que estudo. Lá tive a oportunidade de entender a magnifica obra. Depois disso, cantava os versos a todos os lugares que ia e divulgava o cd entre os amigos.
Como estou sempre a procura de sons diferentes percebo, dentro da música mundial, uma constância nas temáticas amorosas, o que não quer dizer que não curta, porém um som diferenciado é fundamental. E assim é o EG.
Com versos inteligentes, rimas muito bem arrumadas, viradas fodásticas e retomadas mais fantáticas ainda (ao menos assim classifico arranjos como os da música "O Processo" - "dentro das possibilidades procurar...", levando-se em consideração que sou um mero ouvinte que gosta da somátoria; massa+música=viagem da boa). Sem falar dos metais sendo tocados com estilo e precisão. Tudo isso dentro de fortes análises que vão de situações ambientais a questões políticas.
Meses atrás um amigo muito sentimental, estava a procura de um som onde não houvesse as ideias amorosas de sempre. Ele me falou que tinha encontrado o que procurava no último cd da NZ. Porém fiz questão de indicar o EG que ele acabava ouvindo quase sempre na comunidade que morava.
Estou cursando história na Federal de Sergipe e tenho amigos super críticos, que mesmo sendo de outras áreas, rotineiramente, discutimos sobre o capitalismo e seu ideais materialistas, consumistas, seus meio repressivos (tv - a qual não mais assistimos e diga-se de passagem um meio imbecilizante, polícia, escola, igreja etc) e claro, em meio a tudo isso, formas autónomas de conhecimento.
...

Estou viajando a quase dois meses e nesse tempo tenho tido a oportunidade de pensar e de agir sobre tudo isso que foi dito a cima. Coisas que aliás o EG consegue dialogar e que muito me serviu para o início de uma nova visão.
Vejo ainda que o álbum perpassa por questões de âmbito individual, dando soluções para aqueles que a buscam ("...viver no presente é base, a chave pra seguir bem na viagem..."'). Coincidência a parte, este verso muito tem ajudado num dilema com as peripécias do ego.
Por fim, espero bater com alguma apresentação da banda e finalmente curtir seu som ao vivo.
Se não der ao menos ver se aparece lá por Sergipe, pois tenho uma galera que espera ansiosa seu Show.

Coelho,
FLW

O PIOR È QUE SOU EU MESMO!


Depois de tantas insistências, eis que me ponho a escrever.
Bem, já faz meses que meu querido amigo Werly me descreveu como um ser de personalidade egocêntrica.
Não havia entendido a então afirmação, e deixei rolar.
Da época, lembro-me apenas de ser descrito com um controlador de mim e das pessoas ao meu redor, conservador e outras coisas que só agora começam a fazer sentido.
Desde que comecei a viajar pude sentir na pele e perceber meu ego agindo em várias ações.
Por exemplo:

1. julgamentos que faço constantemente, quase sempre negativos.
2. Uma constância no tempos passados ou nos planos futuros.
3. Controle das reações das pessoas
4. Fobías (escuro, ficar sozinho, descobrir lugares - principalmente em ambientes de natureza)

Bem, até agora esses são os que eu notei e, como também, os quais lembro.
Quando cheguei no ENCA, percebi o pavor que tinha de rodar pela região sozinho, sempre com medo de algo ruim acontecer, não me permitindo gozar realmente minha estadia naquele belo santuário, nem muito menos ao momento presente. Porém, foi com um sonho, que alías estes eram bastante rotineiros e estranhos(ouvir outras pessoas afirmarem o mesmo, inclusive Barba), que as idéias começaram.
No sonho eu entrava em um ônibus que havia pego em um lugar muito parecido com a rua onde Aline de Itabaina antes morava, e me deparava com uma velha que afirma que eu estva maquinando algo de má fé.
Eu então negava e cheguei a perder a paciência com a velha.
No dia seguinte fiquei a pensar sobre o sonho, que na vida real acontece, porém quem faz o julgamento da velha sou eu mesmo e isso eu faço para mim mesmo através de um pensamento que eu acho que a pessoa está tendo.
Pensando, comecei a lembrar de outras coisas da infância. Uma delas, comentei com Barba quando estávamos em um Posto de gasolina na cidade de Alvorada do Norte a caminho de Brasília.
Estávamos em um momento intensamente nostálgico, onde Rafael falava de seu tempo de coroinha e suas histórias do ensino fundamental. Acabei lembrando de coisas remotas da minha infância. Amigos que tive, hábitos da 2ª série etc. Lembrei que na rua que eu morava, lá no Augusto Franco, havia uma enorme área de matagal chamada Toca da Raposa. Desde aquele tempo o local era conhecido por ser alvo de prisões de bandidos e coisas do tipo. Acontece que minha mãe não permitia de forma alguma que eu fosse ao então lugar onde era possível comer manjelão no pé, arrancar mangas e tantas outras frutas. Pelo que me conste, somente uma vez me dei a ousadia de romper os limites daquele local que ficava a uns 300 m de minha casa.
Pois bem, passei a fazer a relação desse impedimento (que por um lado até se entende, porém havia vezes que ia grupos de pessoas da rua mas mesmo assim não rolava) ao surgimento de seres e fatos imaginários como mortes, assassinos etc. Se levar em conta que minha mãe era uma mulher muito rígida e me proibia de muitas coisas (fazer capoeira, não assistir malhação - que por um lado foi até bom, não andar em casa de amigos...), então penso que toda essa vontade de descobrir freiada natoralemte por minha coroa deve ter sido um papel fundamental para muitos do julgamentos de esteriotipo, "momentos de riscos"(muitos imaginários)...
Porém não quero passar a idéia que a culpa é da minha mãe e foda-se o mundo, mas tudo isso foi uma análise do que eu acredito ser a génese do problema, senda assim uma análise fundamental.
Outro fato interessante que também aconteceu no ENCA foi o coméntario de uma palestra que Rafael assistiu sobre como comer.
Já havíamos conversado sobre boa parte do que falei, estávamos na barraca depois do almoço e de repente ele falou:
- O ego vive de passado e do futuro.
Quando comemos as pressas estamos sendo guiados pelo ego que fica na ânsia de terminar o então ato. Por isso, devemos por a comida na boca e sentir o que se estar comendo, sua temperatura, seu gosto e mastigar até que fique o mais próximo do liquido. Assim, em 15 minutos, o cérebro vai dar a resposta para se iniciar a digestão. Se nesse tempo vc comer demais, fica inpasinado e a energia que deveria ser consumida em atividades fica para a própria digestão.
Mas de todas as experiências a mais foda foi com o Santo Dayme.
Tomei dois copos que demoraram a me dar o efeito, porém quando começou me sentia no filme Selvagens por Natureza.
Tudo era viagem.
Pessoas passavam em frente a barraca; viagem
tinha um criança que chorou por horas; viagem
meu corpo; viagem
Em certo momento Rafael perguntou:
-Quem é vc?
-Eu sou qualquer coisa?
Isso enquanto eu vi meu corpo virar coisas muito loucas.
Ante a isso Barba respondeu:
-Velho, isso é viagem do seu ego que te tira do seu presente e constroi uma irrealidade!
A partir desse momento percebi como o ego havia se utilizado de meus momentos de lombra para se prostra o mais forte possível.
Então se deu início a uma discussão materialista onde eu falava pra mim mesmo:
-Eu tenho que está aqui!
Além de tentas outras respostas para minha própria pessoa. Isso, Rafael assistindo tudo.
Foi FODA!
O pior de tudo é que sou eu mesmo!
Então, tenho que ficar ligado pra não personificar uma parte do meu corpo, como quis fazer com a velhinha, que tem sua importância, mas que tem que ser diariamente trabalhado
Bem, depois disso tenho me policiado bastante para, principalmente, me manter nos instantes. E até que conseguir o tal feito na semana passada quando os maravilhosos dias com o pessoal do Paraná (Luciano, Hugo e Carol - que é de Sergipe mais veio com a galera) e Tom e sua namorada me fizeram viver intensamente meu presente.
Bem, até agora é isso, se surgir mais ideias publicarei.
Tentarei manter esta anásile pertinente aqui no blog
FLWS
Coelho

O MUMDO E SEUS SONS



Alguns sabem como sou alucinado por sons diferentes.
Sempre me permito a escutar algo fora do comum e, de preferência, lombrado.
Quando ainda estava na Gomorra via nas minhas viagens a possibilidade de romper as "fronteiras do som", no sentido desbravador da idéia.
Pois bem, já passamos por Salvador, Feira de Santana, ENCA e, finalmete, Brasília. E nesses lugares alguma novidade sempre se apresentou.
Na casa de Anne a descoberta foi mais por conta de Barba que portava em seu pen drive exemplares do delirante Duub e umas viagens de uma cara da África chamado Fela Cut. Reconheço também que o pouco tempo na casa de nossa amiga não seria suficiente para adicionar novidades, apesar de ver em seu computador um pequeno acervo o qual foi justificado por uma perda recente.
Em Feira a para foi pesada.
Primeiramente pude permanecer 12 dias chapando com várias pessoas, de moradores a visitantes. Logo quando chegamos a Feira, nisso era umas 7 ou 8 da manhã, fomos guiados até a casa de Ran por um rapaz chamado Israel. Como aquele não se encontrava fomos levados para um casa localizada na parte esquerda da estreita rua onde funcionava a república Alambique. Fomos recebidos por uma belíssima garota que trajava alguns adereços indígenas e que se chamava Priscila. Não havíamos entrado e já ouvíamos a voz de Clara Nunes partido de dentro da casa. Entramos, e mal nos familiarizamos com o ambiente, recebemos o convite para fumarmos um, enquanto, de um quartinho da parte esquerda da casa, continuava o agradável som da cantora brasileira.
Já aceso o cigarrinho, Priscila propôs que puséssemos no toca discos um vinil de um grupo chamado Tucoãs. Nunca tinha ouvido falar, porém, na capa, três caras vestidos com calças vermelhas prostavam-se como a olhar para o horizonte, um ao lada do outro, tendo como paisagem, uma linda praia.
Velho, foi incrível. As músicas continham uma clara origem negra, com percussões incríveis e arranjos mais incríveis ainda. Lembro de algumas músicas. Duas são bastante conhecidas. Eram mais ou menos assim

  • Ô uou ô, em bolê,

ô uou diga aê,
embola...

  • Ô balum aê,

baba orixa aê,
meu padrinho, meu balu aê
orixá aê

  • Ô raposa!

O que é Guará?(2x)

Vc ta chupando cana dentro do canaviá.

Ô raposa...

Viajei dando risos de contentamento ante a tão incrível descoberta.

O interessante é que pela noite fui novamente a moradia estudantil e comentei sobre os Tucoãs, e havia gente que conhecia a banda sem ser morador da casa.

Ainda em Feira faria mais duas incríveis descobertas.

Uma foi um CD de Maria Bethania, Meus Momentos. Uma coletânea com músicas que, em sua maioria, não conhecia e que Ran costumava ouvir insistentemente. Dentre elas a última marcou minha passagem por Feira.

A então canção se chama “Ele falava nisso todo dia” e conta a história de um rapaz de 25 anos que vive preocupado com a segurança da família, com o futuro desta e acaba por morrer atropelado em frente a companhia de seguros. Tanto a idéia quanto a interpretação da canção são fantásticas. Porém seus benefícios foram muito além da descoberta.

Estava anoitecendo e, enquanto tocava o então cd, escrevia o diário de vigem. Repetir a última música umas 3 vezes até chegar Paulo e nos convidar para compartilhar um. Na cabeça a canção não parava de tocar e aquilo me animava cada vez mais. Estava apenas eu, Barba, Paulo, e uma garota que saiu ainda cedo. Muito tempo depois foram chegando mais pessoas, mais ai eu já lombrava no som do mestre Bob Marley.

Eu já sabia da grandiosidade como também gostava das canções de Boby, porém faltava algo que somente naquele dia passou a acontecer; eu havia sentido o som de Boby!

Foi foda!

Além desses, rolou outras novidades (ao menos para mim) como Gil e una reggae lá de Feira que era bem plebas, no entanto era audível.

Após isso foi o ENCA.

Lá era tudo na hora, com o que tivesse. Como no ENCA passado houve muita reclamação de zuada, este ano proibiram tambores, ou qualquer instrumento que não fosse o violão, flauta, e uns tambores de barro que não faziam muita barulho mas tinham um som peculiar. Até assobios foram proibidos na área de convivência!

Lá também conheci Tom. Um Francês que estava a 3 meses no Brasil e que conseguia falar e ler em português fluentemente. Tom tocava violão como poucas vezes tinha visto. Segundo me contou ele aprendeu com amigos da Argélia, Marrocos e pessoas de origem cigana. No primeiro dia que nos conhecemos eu o acompanhei no tambor de barro por mais de 4horas enquanto ele tocava Buena Vista Social Club, The Doors, músicas ciganas etc. Chegamos até nos encontrar aqui em Brasília, onde ele veio buscar a namorada que vinha da Eslovênia. Os dois ficaram na UNB por 4 dias e deu pra conhecê-lo melhor

Houve ainda uma quinta feira de muita magia no ENCA. Nesse dia parecia que quem se arriscasse a tocar um instrumento se daria bem. Eu e Braba cantamos The End só com um colher, um caneca e lombra na cabeça. Foi massa! Depois fomos na vivência onde se concentrava as atividades. As pessoas estavam atirar um som muito louco. Toda hora chegava um e tocava algo e ainda assim o som continuava perfeito, isso por horas.

Depois disso, Brasília. Aqui quase não ouvir música. Teve a festa da UNE onde rolou o Show de Móveis Coloniais. Foi muito bom, o vocalista é muito animado eles meantem uma relação mais próxima com o pulblico, ao menos aqui eles desceram do palco e cantaram e pelaram com agalera. Ontem tambem rolou uma parada massa.

Enquanto fumava com uma galera e eles colocaram um reggae de uma cara com nome que parecia ser de origem Francesa. Se alguém quiser arriscar, escreva no comentário que quero muito lembrar.

Coelho

FLWS

"... AS HISTÓRIAS QUE DO TEMPO D'EU MENINO..."

Para quem ainda sobrevive, mais uma dose de recordações.
Quando me mudei para as gaiolinhas da Norcon, onde atualmente minha coroa mora, passei a praticar o hábito de escrever. Escrevia várias estorinhas; longas, curtas, interresantes outras nem tanto. Pois bem, como já se é de esperara não me recordo de todas e mesmo as que lembro ainda são bem superficiais.
Tinha estórias de seres folclóricos, reuniões cósmicas (sem menção ao ENCA), surgimentos de heróis etc. Quando vinha a idéia, passava horas do dia pensando como ela seria, o desenrolar do conto, lava os pratos, tomava banho, varria a casa, tudo pensando na nova criação. Como nessa época eu fica muito de castigo, então tinha tempo de sobra para matutar e mais ainda, para ficar fora das manipulações televisivas.
Das minhas criações lembro apenas de 3. Uma era um conto sobre lobsomem. Sempre gostei de estórias do tipo, por isso descedi que tinha que escrever sobre. Foi a primerira vez que preferir colocar o nome somente no final, pois não conseguia fazer o desenrolar da idéia na cachola. Como todas as estórias, fiz um desenho na capa com um assombro lobsomem segurando uma lamparina e, acredito também com uma velha no no fundo. Não me pergunte o pq da velha, nem do lobsomem segurando a lamparina, ate pq não me recordo do desenrolara do conto.
Para a segunda narrativa eu pretendi fazer quase que uma odisseia. Era a aventura de um cara que tinha sua casa envadida por bandidos e via sua família morrer a sua frente (ala Steven Seagal, apesar de destar seus filmes). Ele fugia em um cavalo e sai rodando pelo mundo sei lá por qual motivo. Acho que não cheguei a termina-lo, porém lembro que muitos dos ambintes que imaginava tinha como referência o Mosqueiro, onde ainda hoje moram uns prentes, e o A.F., principalmente em umas áreas perto do Ginásio de esporto, na canal 3, um lugar que pouco visitava na infâcia mas era bastante pertinene em meu imaginário.
Mas a mais fodáticas de todas foi o conto A Reunião Cósmica. A idéia surgiu a partir de um livro de ciências da 5 série onde, os últimos capitulos eram voltados para estudos astronômicos.
Como falei, nessa época, por várias vezes fiquei de castigo, ai acabava tendo tempo livre pra ler milhares de coisas. Uma delas era um livro de Histórias Bíblicas para criança, que, mesmo depois de ter ido morar na Gomorra ainda guardava-o.
Voltando a narrativa... Eu ultilizava as informações do livro de Ciências para criara a estória, que chegou a ter 2 versões (mas sempre preferir a 1º).
Na história, o Sol convocava todos os planetas e seus respectivos satélites para uma reunião de “análise de conjutura”(fazendo uso do termo de movimento). A análise compreendia a um discurso de cada corpo celeste em relação ao seus satélites mais observações. Como os dois preimeiros planetas não possuiam “luas”, eles quase não opinavam e acabavam fazendo outras obrigações. Na Terra, o discurso era voltado para a relação dela e seus habitantes, já que a relação com a lua sempre foi conciliável. Os discursos eram sofridos, longos e os outro planetas sempre se aborrecia com seres humanos e o tratamento que estes davam a sua moradia. Marte então, ficamais puto ainda por saber das prentessões humanas de se instalarem em sua superfície. Do restante, apenas Plutão era o que mais rendia, pois o restante acabava ou sem discursar ou então falando sobre a situação da Mãe Terra. A questão era que Plutão, por ser o planeta mais distante do sistema, quase não participava da reunião tendo o cometa Ralley que lhe chamar a atenção. Eu sempre tentava fazer o mais cômico possível, e como Plutão ainda não tinha satélite (sendo que agora nem mais parte do sistem solar faz – o que, por um lado lhe deu a posição de classificador de outros corpos fora dos limitas do Sistem Solar), a narrativa ficava entre o Sol e o pequnenio e frio Planeta.
Havia ainda outros personagens dos quais so me lembro do Stélite Sputnik.
O mais legal era que acabava aprendendo astronomia básica e me divertia bastante escrevendo. Era uma época muito criativa, apesar de muito conturbada em relação ao ambiente lá de casa, pois lia várias coisas de ciências, história, geografia e afins, conhecimento básicos que as vezes faço uso.

Coelho
FLWS

DOIS MESES

Ainda dois meses atrás, me negaria a perder tempo escrevendo
Ainda dois meses atrás, prefria guardar a minha vida para mim
Ainda dois meses atrás, escolheria um encorpado bife ao molho
Ainda dois meses atrás, estaria em casa, com meus amigos completo de mim mesmo

Foram só dois meses atrás, mas ainda assim seria muito diferente
Não digo pior, ou melhor, mas apenas diferente
Pois ainda assim estaria feliz

A dois meses atrás não pensava em conhecer Franceses,
Turcos, Paranenses, a vida
Estava vivo e pra mim estava bom

Porém, se em dois meses tudo isso é parte de um todo
Penso o que seria de mim sem esses dois meses atuais
Tão atuais como um trem bala
Mas tão simples como o conhecer

Se se permitir é muito
Imagino querendo saber
Acho que ainda não sei
Pois não estou a procura
Só me permito
E estou feliz por isso

Felicidade só é completa quando partilhada
E me sinto feliz
Pois Hoje
Me permito escrever
A falar de minha vida
A escolher uma salada
E cheio dos amigos

Coelho
FLWS