Depois de tantas insistências, eis que me ponho a escrever.
Bem, já faz meses que meu querido amigo
Werly me descreveu como um ser de
personalidade egocêntrica.
Não havia entendido a então afirmação, e deixei rolar.
Da época, lembro-me apenas de ser descrito com um controlador de mim e das pessoas ao meu redor, conservador e outras coisas que só agora começam a fazer sentido.
Desde que
comecei a viajar pude sentir na pele e perceber meu ego agindo em várias
ações.
Por exemplo:
1. julgamentos que faço constantemente, quase sempre negativos.
2. Uma constância no tempos passados ou nos planos futuros.
3. Controle das
reações das pessoas
4.
Fobías (escuro, ficar sozinho, descobrir lugares - principalmente em ambientes de natureza)
Bem, até agora esses são os que eu notei e, como também, os quais lembro.
Quando cheguei no
ENCA, percebi o pavor que tinha de rodar pela região sozinho, sempre com medo de algo ruim acontecer, não me permitindo gozar realmente minha estadia naquele belo santuário, nem muito menos ao momento presente. Porém, foi com um sonho, que
alías estes eram bastante rotineiros e estranhos(ouvir
outras pessoas afirmarem o mesmo, inclusive Barba), que as
idéias começaram.
No sonho eu entrava em um
ônibus que havia pego em um lugar muito parecido com a rua onde
Aline de
Itabaina antes morava, e me deparava com uma velha que afirma que eu
estva maquinando algo de má fé.
Eu então negava e cheguei a perder a paciência com a velha.
No dia seguinte fiquei a pensar sobre o sonho, que na vida real acontece, porém quem faz o
julgamento da velha sou eu mesmo e isso eu faço para mim mesmo
através de um
pensamento que eu acho que a pessoa está tendo.
Pensando, comecei a lembrar de outras coisas da infância. Uma delas, comentei com Barba quando
estávamos em um Posto de gasolina na cidade de Alvorada do Norte a caminho de Brasília.
Estávamos em um momento
intensamente nostálgico, onde Rafael falava de seu tempo de
coroinha e suas histórias do ensino fundamental. Acabei lembrando de coisas remotas da minha infância. Amigos que tive, hábitos da 2ª série etc. Lembrei que na rua que eu morava, lá no Augusto Franco, havia uma enorme área de matagal chamada Toca da
Raposa. Desde aquele tempo o local era conhecido por ser alvo de prisões de bandidos e coisas do tipo. Acontece que
minha mãe não permitia de forma alguma que eu fosse ao então lugar onde era possível comer
manjelão no pé, arrancar mangas e tantas outras frutas. Pelo que me conste, somente uma vez me dei a ousadia de romper os limites daquele local que ficava a uns 300 m de minha casa.
Pois bem, passei a fazer a relação desse impedimento (que por um lado até se
entende, porém havia vezes que ia grupos de pessoas da rua mas mesmo assim não rolava) ao surgimento de seres e fatos imaginários como mortes, assassinos etc. Se levar em conta que minha mãe era uma mulher muito
rígida e me proibia de muitas coisas (fazer capoeira, não assistir
malhação - que por um lado foi até bom, não andar em casa de amigos...), então penso que toda essa vontade de descobrir
freiada natoralemte por minha coroa deve ter sido um papel fundamental para muitos do julgamentos de
esteriotipo, "momentos de riscos"(muitos
imaginários)...
Porém não quero passar a
idéia que a culpa é da minha mãe e
foda-se o mundo, mas tudo isso foi uma análise do que eu acredito ser a génese do problema, senda assim uma análise fundamental.
Outro fato interessante que também aconteceu no
ENCA foi o
coméntario de uma palestra que Rafael
assistiu sobre como comer.
Já havíamos conversado sobre boa parte do que falei,
estávamos na barraca depois do almoço e de repente ele falou:
- O ego vive de passado e do
futuro.
Quando comemos as pressas estamos sendo guiados pelo ego que fica na ânsia de terminar o então ato. Por isso, devemos por a comida na boca e sentir o que se estar comendo, sua temperatura, seu gosto e mastigar até que fique o mais próximo do liquido. Assim, em 15 minutos, o cérebro vai dar a resposta para se iniciar a digestão. Se nesse tempo
vc comer demais, fica
inpasinado e a energia que deveria ser consumida em
atividades fica para a própria digestão.
Mas de todas as experiências a mais
foda foi com o Santo
Dayme.
Tomei dois copos que demoraram a me dar o efeito, porém quando começou me sentia no filme Selvagens por Natureza.
Tudo era viagem.
Pessoas passavam em frente a barraca; viagem
tinha um criança que chorou por horas; viagem
meu corpo; viagem
Em certo momento Rafael perguntou:
-Quem é
vc?
-Eu sou qualquer coisa?
Isso enquanto eu vi meu corpo virar coisas muito loucas.
Ante a isso Barba respondeu:
-Velho, isso é viagem do seu ego que te tira do seu presente e
constroi uma
irrealidade!
A partir desse momento percebi como o ego havia se utilizado de meus momentos de
lombra para se prostra o mais forte possível.
Então se deu início a uma discussão materialista onde eu falava pra mim mesmo:
-Eu tenho que está aqui!
Além de tentas outras respostas para minha própria pessoa. Isso,
Rafael assistindo tudo.
Foi
FODA!
O pior de tudo é que sou eu mesmo!
Então, tenho que ficar ligado pra não
personificar uma parte do meu corpo, como quis fazer com a velhinha, que tem sua importância, mas que tem que ser diariamente trabalhado
Bem, depois disso tenho me policiado bastante para, principalmente, me manter nos instantes. E até que conseguir o tal feito na semana passada quando os maravilhosos dias com o pessoal
do Paraná (Luciano, Hugo e Carol - que é de Sergipe mais veio com a galera) e Tom e sua namorada me fizeram viver intensamente meu presente.
Bem, até agora é isso, se surgir mais ideias publicarei.
Tentarei manter esta
anásile pertinente aqui no blog
FLWSCoelho